Pra quê eu preciso disso?

Preciso confessar uma coisa: matemática pra mim sempre foi uma coisa complicada. Eu olhava aqueles números e pensava: pra quê eu preciso aprender isso? Afinal de contas, alguém já ganhou a vida aplicando o Teorema de Pitágoras? Pra quê entender de Progressão Aritmética ou Progressão Geométrica?

Lembro que, ao jogar sinuca pela primeira vez, eu consegui entender um pouco melhor como funcionava a questão dos ângulos, já que a bola branca – a bola principal do jogo – deveria sempre bater em outra bola, aonde a outra bola faria um ângulo inverso àquele foi apontado pelo jogador na bola branca. Assim, fui entendendo um pouco melhor sobre o funcionamento dos ângulos e como isso pode fazer diferença na nossa vida. Ficou confuso? Vou tentar esclarecer:

Toda vez que um jogador acerta um gol “no ângulo”, é quando a bola faz uma trajetória perfeita até a rede e o jogador conseguiu visualizar com antecedência o chute. Da mesma forma que um militar precisa operar um lançador de projéteis, ele terá de calcular o alcance da bomba com base no ângulo do disparo – ou melhor, o ângulo exato que a arma faz com o solo. O eixo do automóvel, que é todo o cumprimento e mecanismo que é medido de uma roda direita até uma roda esquerda de uma mesma reta, deve ser baseado em ângulos. O mecânico só consegue alinhar um carro porque coloca as rodas daquele carro alinhadas com um determinado ângulo do eixo.

Esses exemplos acima são apenas pequenas demonstrações de como os números estão diariamente em nossas vidas e a gente acaba não percebendo: seja por distração, seja pela negligência que temos com a ciência da matemática. E sim, a vida acabou me respondendo que sim: muita gente ganha à vida aplicando e pensando a matemática em seu dia a dia.

Podemos, ainda, pensar em outros exemplos com a utilização da matemática. Pra começar, como explorador, eu preciso o tempo inteiro converter as moedas que utilizo quando viajo para poder comprar coisas nos países em que eu vou. Logo, começo utilizando um conceito que não fazia sentido algum pra mim: regra de três.

Vejam: se eu tenho uma moeda como o Dólar, que vale, por exemplo, três reais, então eu preciso entender que o valor da minha moeda – o real – é sempre o triplo da quantia da americana, já que o dólar é mais cotado do que o Real. Se um produto vale 30 reais aqui, lá nos Estados Unidos valerá 10 dólares, de acordo com essa lógica. E se um produto lá fora vale 90 dólares, aqui custará 270 reais. Perceberam a diferença? Basta olhar o preço de alguns produtos como os videogames para entendermos a diferença.

E a Progressão Geométrica e a Progressão Aritmética?

Na teoria demográfica denominada de Malthusiana – teorias demográficas são aquelas que avaliam o crescimento e a configuração da população – a população cresceria em um ritmo semelhante ao de uma progressão geométrica (ou seja: cresceria em uma proporção multiplicativa) enquanto os alimentos cresceriam em uma progressão aritmética (ou seja: cresceria com uma razão única, aumentando u certo número x ao longo dos anos). No final das contas, teríamos mais população do que alimentos. E o grande questionamento era: e aí? Como será possível a vida na Terra?

Por sorte, esta teoria demográfica foi feita no século XVIII (olha a matemática aí de novo!) e nunca se concretizou aos olhos da dinâmica populacional! Não levou em conta a tecnologia feita pela humanidade...

O fato é: Matemática é e sempre foi fundamental em nossas vidas. Se desejarmos avançar enquanto pessoas e como cidadãos, nós não podemos negligenciar nunca os números no nosso dia a dia. Valeu, galera! Fui!

Nando

Sempre fui um viajante. Se não viajo com os pés, viajo com minha imaginação, desbravando os lugares mais distantes e inóspitos que eu possa ir. Lá em casa, meus pais sempre trabalharam muito para me dar um bom padrão de vida. Apesar de ter estudado em boas escolas e sempre ter tirado boas notas, me sentia culpado por eles estarem sempre preocupados com o dinheiro e muitas vezes deixava de me divertir por causa disso. Aos meus 18 anos de idade, meus pais se separaram. Essa experiência me impactou muito, pelo fato de eu ser filho único, acabei vendo minha família desmoronar. Então a partir daí, passei a viajar mais ainda. Agora aos 20 anos, eu viajo o mundo e levo uma vida totalmente diferente da qual eu tinha com os meus pais. Busco aprender de forma prática e significativa, diferente das escolas por onde estudei, não me apegando a bens materiais e sempre viajando leve.